O Irã iniciou um ataque contra Israel neste sábado (13), enviando um ataque múltiplo com dezenas de drones do seu próprio território em direção ao país, em uma mudança radical em relação ao uso habitual de proxies, confirmada pelas IDF.
“Dezenas de drones foram vistos voando do Irã em direção a Israel sobre o espaço aéreo iraquiano”, disseram duas fontes de segurança iraquianas à Reuters.
Mais de 100 drones de ataque e mísseis de cruzeiro, que podem chegar ao destino em menos de 2 horas, foram lançados contra Israel, segundo primeiras informações.
Iranian Shahed-136 kamikaze UAV over Iraq at very low altitude, heading to Israel. pic.twitter.com/HpWeqXMMep
— Clash Report (@clashreport) April 13, 2024
O exército israelense, que já está em guerra com o grupo terrorista Hamas, afirmou que está pronto para interceptar os drones, apesar de não possuir uma defesa aérea totalmente hermética.
Os EUA e seus aliados já haviam declarado a possibilidade de grandes ataques com mísseis ou drones por parte do Irã ou de seus representantes contra alvos militares e governamentais em Israel.
Especialistas acreditam que os drones não chegarão ao espaço aéreo israelense, pois serão abatidos antes.
Quando o ataque começou, a Autoridade Aeroportuária de Israel anunciou o fechamento do espaço aéreo israelense a partir das 12h30, horário local.
Há informações, ainda não confirmadas, que drones em direção a Israel também partiram do Iêmen.
Interceptação de drones
Os EUA também tentarão interceptar o ataque; e a Casa Branca observa a tensão da escalada no Oriente Médio.
A IDF possui uma variedade de capacidades de interceptação, que incluem aeronaves, Iron Dome (Domo de Ferro), David's Sling e o sistema de mísseis Arrow. Além disso, as forças militares podem empregar técnicas como o embaralhamento do GPS para neutralizar certos tipos de drones de ataque.
Conforme relatado pelo Jerusalem Post, os ataques de drones podem levar horas ou mais para alcançar Israel, pois viajam por países potenciais como Iraque, Síria, Jordânia, Líbano e outras regiões.
Há preocupações de que Teerã ou seus representantes também possam lançar mísseis balísticos de longo alcance e outros foguetes contra Israel, em uma possível onda de ataques que se sobrepõe aos ataques de drones.
O ataque da República Islâmica ocorre depois de ter acusado Israel de matar o comandante do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, Muhammad Reza Zehidi, em 1 de abril. Zehidi era conhecido por liderar ataques por procuração contra Israel no Líbano e na Síria, incluindo seu papel como um dos principais coordenadores do Hezbollah.
Netanyahu se pronuncia
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, em uma mensagem de vídeo, afirmou que "nos últimos anos, e especialmente nas últimas semanas, Israel tem se preparado para a possibilidade de um ataque direto do Irã".
E alertou Teerã que “quem quer que nos prejudique, nós os prejudicaremos. Nos protegeremos de qualquer ameaça e faremos isso com firmeza e determinação”.
“Juntos venceremos todos os nossos inimigos”, disse ele enquanto instava os israelenses a ouvirem as diretrizes do Comando da Frente Interna e agradecia aos aliados de Israel, como os EUA, a França e a Grã-Bretanha, por apoiarem o Estado judeu.
“Nossos sistemas de defesa estão implantados. Estamos preparados para qualquer cenário, tanto na defesa como no ataque", disse Netanyahu, ao sublinhar que as IDF, o Estado e o público são fortes.
Publicada por: RBSYS
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